
O primeiro direito do Homem é ser aquilo que é sem que as circunstâncias o levem a ser na maior parte das vezes aquilo que nunca pensou depois de ter nascido. Mas ao mesmo tempo que isto parece ser um direito primeiro, o direito mais elementar do homem, me parece que é simultaneamente o seu primeiro dever. E então estamos numa posição curiosa: a de concentrar num feito aquilo que muitas vezes nos aparece como oposto, o que nos leva, talvez, a pensar se muitas vezes nós nos embaraçamos com opiniões ortodoxas ou com opiniões heterodoxas, sem ver que talvez a grande coisa foi a de as juntar nalguma coisa tão estranha que, por ser tão estranha, toda a gente denomina de paradoxal.
"Agostinho da Silva"
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